ATA DA TRIGÉSIMA SESSÃO SOLENE DA SEXTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA
NONA LEGISLATURA, EM 23.06.1988.
Aos vinte e três dias do mês de junho do ano de mil novecentos e
oitenta e oito reuniu-se, na Sala de Sessões do Palácio Aloísio Filho, a Câmara
Municipal de Porto Alegre, em sua Trigésima Sessão Solene da Sexta Sessão
Legislativa Ordinária da Nona Legislatura, destinada à entrega do Título
Honorífico de Cidadão Emérito ao Coreógrafo e Professor de Dança João Luiz
Rolla, concedido através do Projeto de Resolução n.º 02/88 (proc. n.º 434/88).
Às vinte horas e trinta e três minutos, constatada a existência de “quorum”, a
Sr.ª Presidente declarou abertos os trabalhos e convidou os Líderes de Bancada
a conduzirem ao Plenário as autoridades e personalidades presentes. Compuseram
a MESA: Verª Gladis Mantelli, 1ª Secretária da Casa e proponente da Sessão, na
ocasião, presidindo os trabalhos; Prof. Diônio Roque Kotz, representante do
Diretor da Casa de Cultura Mário Quintana; Prof.ª Selma Chemale, representando todas
as escolas de dança de Porto Alegre; Sr. Francisco Andrade, Presidente da
Associação Gaúcha de dança, ASGADAN; Prof. Aldo Obino, Crítico de Arte; Prof.
João Luiz Rolla, Homenageado; Ver. Rafael Santos, 2º Secretário da Casa. Após,
a Sr.ª Presidente convidou o Ver. Rafael Santos para substituí-la na direção
dos trabalhos. A seguir, a Verª Gladis Mantelli, em nome da Casa, discorreu
sobre a importância do Prof. João Luiz Rolla, como exemplo de uma vida dedicada
ao desenvolvimento e ao amor pela dança, salientando o trabalho exaustivo de S.
Sa. em busca da beleza artística que o transformou em um mago da dança gaúcha.
Em continuidade, o Sr. Presidente convidou a Verª Gladis Mantelli a proceder à
entrega do Título Honorífico de Cidadão Emérito ao Prof. João Luiz Rolla. Após,
a Verª Gladis Mantelli reassumiu os trabalhos, convidou o Ver. Rafael Santos a
proceder à entrega do Troféu “Frade de Pedra” ao Homenageado e concedeu a
palavra a S. Sa., que agradeceu o título recebido da Casa. Dando
prosseguimento, a Sr.ª Presidente leu mensagens enviadas ao Prof. João Luiz
Rolla, relativas a presente solenidade e convidou os presentes para palestra a
ser realizada dia vinte e cinco do corrente na Academia Mudança, tendo como
tenda “Dançar no Brasil” e para jantar de confraternização a ser realizado após
a presente Sessão no Restaurante Porto Velho. A seguir, a Sr.ª Presidente fez
pronunciamento relativo à solenidade, convidou as autoridades e personalidades
presentes a passaram à Sala da Presidência e, nada mais havendo a tratar,
levantou os trabalhos às vinte e uma horas e dez minutos, convocando os
Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os
trabalhos foram presididos pelos Vereadores Gladis Mantelli e Rafael Santos e
secretariados pelo Ver. Rafael Santos. Do que eu, Rafael Santos, 2º Secretário,
determinei fosse lavrada a presente Ata que, após lida e aprovada, será
assinada pelos Senhores Presidentes e 1ª Secretária.
A SRA. PRESIDENTE (Gladis
Mantelli): Esta
é uma solenidade muito íntima e muito afetiva. Nós não pretendemos dar a ela o
protocolo que esta Casa usa e falarei, apenas, eu em nome de toda a Casa.
Então, solicitaria ao Ver. Rafael Santos que me substituísse na Presidência dos
trabalhos para que eu possa fazer o discurso em homenagem ao nosso homenageado.
(O Ver. Rafael Santos assume a presidência dos trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (Rafael Santos): Com a palavra, a Verª Gladis Mantelli.
A SRA. GLADIS MANTELLI: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores, meus Senhores e minhas Senhoras:
“Dançar é sentir, sentir é sofrer, sofrer é amar. Tu amas, sofres e
sentes. Dança.”
A citação é de Isadora Duncan e foi dedicada ao jovem Rolla nos idos de
1939. Esta mensagem foi motivação e estímulo para sua recém iniciada arte.
Sentindo, sofrendo e amando ele dançava, e dançando teve reconhecido seu valor,
sua incomum capacidade de expressar sentimentos, sua irrepreensível técnica.
Aquele jovem não era apenas mais um como tantos outros. Ele era especial, tanto
que hoje seu nome personifica a própria dança.
Querido Rolla, tiveste fé no homem que és, não porque eras especial mas
porque acreditaste que com dedicação, trabalho e disciplina te tornarias
especial.
Poucos são os que conseguem descobrir e viver suas potencialidades.
Raros os que têm a coragem de colocar o impossível como meta e o infinito como
limite, assim como fizeste.
Ao longo da tua vida dançaste, sim, e como dançaste! Levaste teu corpo
até a exaustão absoluta e torturaste teu espírito na busca da perfeição.
Conheceste a alegria e a dor no teu preparo. A dor de enfrentar as limitações e
a alegria de vencê-las. Nunca desististe. Cada vitória significava o desafio de
um novo recomeço, de uma nova etapa a vencer, um novo horizonte a descortinar.
Na tua busca incessante da perfeição, chegaste ao limite do homem e superaste
este limite. Avançaste mais e mais e, então, viveste o divino algo que só
conhece quem consegue que seu corpo seja o instrumento da dança, não o seu
agente. É quando o físico cede à arte que o homem passa a relacionar-se com o
mundo, com o universo, com o criador e consigo mesmo de forma simultânea.
Tristeza, emoção, alegria, dor, carinho, raiva, ódio, amor, medo,
coragem e tristeza, são um único sentimento. É a manifestação da vida de forma
integral.
Cada dia de tua vida foi marcado pelo ânimo de aprendiz e esta
disposição fez de ti um grande mestre, o grande mago da dança gaúcha.
Embora conhecendo a simplicidade do querido professor avesso à
homenagens e honrarias, resolvi propor esta solenidade pois sabia que mais do
que o título que estás recebendo, está em jogo o exemplo, a lição de vida que
deve ser registrada. Porto Alegre, através da Câmara Municipal te homenageia e
agradece o privilégio de ser tua terra natal. Sabemos que representas aquilo
que gostarias de ser na humanidade: a união e a comunicação entre cada
indivíduo e seus semelhantes. E nunca desistindo, pois, nestes 49 anos de
dança, acumulas um saldo de compensações e alegrias.
João Rolla foi sempre um estudioso, e a disciplina é, sem dúvida, a
qualidade marcante do educador. Este princípio de vida fez questão de passar
aos seus alunos, como elemento essencial da formação artística. Esta que te
fala e que há muitos anos foi tua aluna, sabe muito bem disto.
Todo o seu esforço foi compensador, pois segundo ele, a exaustão e o
cansaço de alguns momentos são irrelevantes diante do retorno que alcançou como
coreógrafo e criador.
Além de ter atuado como mestre de expoentes internacionais do ballet atual e como agente formador de inúmeros outros mestres do ballet da nossa Capital, Rolla está consciente de ter contribuído com sua parcela para o desenvolvimento cultural do sul do País, na medida em que sua atuação atingiu várias gerações, levando a dança e a arte a milhares de crianças, jovens e adultos.
Nestes anos de atividade profissional, Rolla tem a mais firme convicção
de ter ajudado a desenvolver o gosto do público pela dança e ter desmistificado
a mesma como arte elitizante. Nos seus 35 anos de escola de dança, sempre
trabalhou com a perseverança de um jovem iniciante.
As atividades de sua escola só encerram porque lhe foi retirado o apoio
pela atual Administração Municipal, que lhe exigiu a saída do local aonde
trabalhava em prol da dança em Porto Alegre. Esta atitude gerou uma indignação
geral por parte de todos aqueles que se envolvem com a cultura. O fechamento da
escola não deixou de ter um aspecto positivo. Serviu para reunir suas alunas
mais antigas com o objetivo de procurar tornar realidade alguns sonhos de
Rolla. Um já conseguimos concretizar que foi a realização da exposição retrospectiva
de fotos dos 35 anos de escola e na época 47 de dança.
O outro que é a doação de sua biblioteca de dança à Universidade
Federal do Rio Grande do Sul está sendo tratada e infelizmente ainda não
concretizada.
Considero um rara felicidade ter podido dar minha contribuição pessoal
na realização destes sonhos. Só sinto não poder participar do próximo que,
tenho certeza, Rolla irá realizar, porque esta garra, esta persistência e
disciplina que lhe são características, não desaparecem ainda.
A entrega deste título deve ser encarada como um estímulo a mais no
sentido de que Rolla realmente mostre a esta cidade, no ano que vem, quando
completa 50 anos de dança, do que ele é capaz.
Faz Rolla, o teu mais belo espetáculo e coroa com ele a tua vida
dedicada à dança. Sinto realmente não ter condições físicas para dele
participar, mas tenho certeza que todas as tua alunas, que como eu não dançam
mais, estarão junto contigo te dando todo estímulo e apoio que precisares.
Recebe em seu nome e do partido pelo qual me pronuncio nesta
oportunidade, o PMDB, bem como do PT através do Ver. Antonio Hohlfeldt que
lamenta não poder estar presente para te homenagear e o solicitou que fizesse
em seu nome, por todo o teu trabalho desenvolvido em favor da arte, pela tua
sensibilidade e criatividade, pela importante contribuição dada a tantas
gerações, a outorga deste título que merecidamente fazes jus e que como
homenagem maior queremos entregá-lo no dia que antecede aos teus 76 anos.
Felicidades!
(Não revisto pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE: Solicito à Verª Gladis
Mantelli que, em nome da Casa, faça a entrega do Título de Cidadão Emérito ao
nosso homenageado.
(É feita a entrega do Diploma.)
(A Ver.ª Gladis Mantelli assume a presidência dos trabalhos.)
A SRA. PRESIDENTE (Gladis Mantelli): A Câmara Municipal de Porto Alegre criou uma
homenagem chamada Frade de Pedra e ela faz a entrega dessa escultura que traduz
o apreço da população porto-alegrense a todas as pessoas que de alguma forma
prestaram serviços à comunidade da capital gaúcha; a escultura de um cavalo
preso a um Frade de Pedra, historicamente, traduz a hospitalidade
rio-grandense, e eis o motivo pelo qual foi escolhido o Frade de Pedra, ou
seja, ele é o símbolo da fraternidade, uma vez que representa boas vindas. É no
sentido de resgatar a amizade, ao mesmo tempo de deixar na lembrança das
pessoas que o receberem o carinho e o agradecimento pelo seu tempo e trabalho
dedicado a nossa cidade. Convidaria o Ver. Rafael Santos que fizesse a entrega
do Frade de Pedra ao Prof. Rolla.
(O Ver. Rafael Santos procede à entrega do Troféu Frade de Pedra.)
Agora, com a palavra, o nosso homenageado.
O SR. JOÃO LUIZ ROLLA: Sra. Presidente, amigos,
meus familiares, meus ex-alunos, minhas atuais alunas, várias gerações, aqui,
de alunos que passaram durante anos estudando, a todos os presentes, pois são
todos amigos que aqui estão, eu quero agradecer a presença de todos. Pouco
teria a dizer após as palavras da Verª Gladis Mantelli que foi também minha
aluna durante muitos e muitos anos. Pouco teria a dizer, mas quero acrescentar
algumas coisas, coisas que aconteceram durante este período todo que eu tive de
dança. São 49 anos de dança. Devido a minha idade, porque eu comecei um pouco
tarde e na época era comum a um homem se candidatar a dançar, mas como sempre
gostei desde pequeno do mundo da dança e de praticar esportes, senti que teria
condições de dançar. Na época fui convidado por uma professora de Porto Alegre,
Profª. Toni Pethzold, e com ela iniciei a minha vida. Ela montava um espetáculo
na ocasião, chamado A Bela Adormecida, não o clássico A Bela Adormecida, apenas
a história da Bela Adormecida que era falada e cantada e eu ainda não tinha nem
começado. Ela convidou a mim e outros rapazes para começarmos a dançar. Então,
o momento foi mais que oportuno para mim, pois se eu já tinha vontade então
tinha chegado a ocasião mesmo. A partir daí eu fui praticar. Haviam outros
rapazes também, quase todos vindos de artes, esportes, ninguém tinha estudado
até aquela época e como o espetáculo era falado, cantado e dançado havia para
cada um o seu quinhão na maneira de trabalhar. Então, foi a minha oportunidade
e nas primeiras aulas imediatamente, não sei se dotado pela natureza ou ajudado
por Deus me destaquei e logo fui convidado a fazer papel de príncipe, etc. Mas
isso é uma passagem de como comecei a vida de dança, porque eu já gostava e em
casa fui educado para assistir espetáculos de qualquer natureza, não só de
dança.
Bem, deste período em diante, já comecei a me destacar e continuei
estudando e a partir daí fiz concertos com 2 bailarinas que existiam em Porto
Alegre. Então, nós dávamos espetáculos sozinhos. Daí veio o grande momento
porque nas décadas de 39/40 homem dançar constituía-se quase que um escândalo e
eu pensei: “não eu tenho que ir mesmo, se a minha família não reclamou, se eu
entendi que o espetáculo era cantado, falado e dançado, eu vou continuar”. E
continuei estudando. Logo em seguida tive o apoio de muitas pessoas amigas
naquela época que me incentivaram, inclusive com aquela frase que a Verª Gladis
Mantelli apresentou. Eu recebi um livro com esta frase mas tinham outros que me
incentivaram, porque era um escândalo um homem dançar com 30 e tantos anos. Bem
dito isso, recebi outro livro sobre a vida, com uma frase. E aí, então me deu
força mesmo para continuar na dança, e dizia assim: a palavra está em espanhol,
e depois traduzo, pois me encontro entre amigos, a frase dizia assim, me
aconselhando a dança, dizia assim: “las
vozes del escandalo, las vozes del ultraje, las vozes del insulto, aquelas com
que el canalete, estulo me coronou, essas las amo yo”.
Assim dizia, parece que foi Vargas Vilia, se não me falha a memória.
Traduzindo ele queria dizer: as vozes do escândalo, as vozes do
ultraje, as vozes do insulto, aquelas com que aquele canalha me insultou, essas
eu as amo.
Então resolvi tentar a vida, resolvi que tinha que trabalhar. Então
continuei estudando, trabalhando. Passado algum tempo, como disse, continuei
estudando e trabalhando com a Toni Pethzold.
Em 1950 tive a primeira chance de iniciar num conservatório de música.
Fui incentivado por uma amiga a abrir a minha própria escola de dança,
a famosa Rocha Machado, ela foi laureada no Belas Artes de Porto Alegre, ela me
dizia: “tu tens mais é que funda a tua própria escola, aqui estás muito
dividido, tu tens condições”.
Então, resolvi aceitar o conselho e tentar. Não havia muito dinheiro,
como hoje em dia. Existia onde é hoje é o Cinema Cacique uma Sociedade, a
Sirio-Libanesa, e fui lá e perguntei se havia uma sala para alugar. E eles me
responderam: aqui é uma sociedade, temos um salão e podemos entrar em
entendimento. Falei com a diretoria e aluguei por períodos. Mandei fazer a
limpeza, fazia 40% de abatimento para os sócios da Sociedade. Fui bem no
primeiro ano e, aí, já tinha fundado a Escola, em 1951. Passado dois anos, eu
aluguei em sociedade, onde hoje é o Edifício Chaves Barcellos, das 8 horas da
manhã às 8 horas da noite. Já tinha condições financeiras. Fui melhorando,
fiquei três, quatro anos, já tinha muita gente, não podia mais continuar ali,
então aluguei uma sala na Marechal Floriano e lá fiquei durante muitos e muitos
anos. Depois eu fui para uma Escola um pouco maior a chamado da Prefeitura, na
ocasião, através de uma pessoa que colaborou muito, a Professora Eni Camargo.
Perguntaram-me se eu não queria trabalhar na inauguração do Auditório Araújo
Viana. Aceitei e lá começou o meu crescimento. Acho que, mais ou menos, já dei
uma idéia de como foi o progresso da Escola. A Escola deu muitos espetáculos e
teve alguns espetáculos que tiveram um êxito muito grande, na ocasião,
inclusive um espetáculo, em dois dias, reunidos nove mil pessoas. Então, a
gente sente que houve, de fato, progresso na cultura. E dei entrevistas, porque
diziam que a dança era elitista, só para meninas que tinham dinheiro. Ela pode
ter sido inicialmente, mas, posteriormente, a dança é popular, hoje se leva a
dança para estádios, ela deixou de ser elitista, como diziam. Eu sempre gostei
de conjuntos dançando, não fui um professor individualista, achava que todos
deviam praticar porque faz bem, fisicamente, mentalmente, culturalmente, uma
série de coisas que a dança nos dá, e esse prazer imenso que eu sinto neste
momento solene, de receber aqui todos os meus amigos, alunos antigos e novos,
gerações novas, todos juntos aqui reunidos, inclusive a Mesa, enfim todos os
que estão aqui trabalhando pela dança, pela cultura. Eu me sinto satisfeito,
realizado. O Antonio Hohlfeldt também falou que queria vir, mas ele está no
Festival de Gramado. Quero agradecer a toda a Câmara de Vereadores, pois
raramente – eu acho, e aqui já vai um pouco de vaidade – acontece de ser
aprovado por unanimidade e isto para mim é um prazer imenso e vocês todos
sintam isto, que é uma beleza na vida da gente, pois, infelizmente, há certas
rivalidades e certas coisas que eu até nem chego a entender, pois eu acho que o
mundo é para todo o mundo e todos devem trabalhar. Então, a vocês, meus
ex-alunos, professores de todas as escolas, que estão sendo aqui representadas,
seja este, então, um momento de todos, num congraçamento geral pelo benefício
da dança, e todos nós propomos a vocês, que são mais novos, trabalhar o máximo
possível, com vontade, com este amor que eu sempre tive, e vocês se dediquem,
de corpo e alma, porque, um dia, vocês vão chegar na minha idade, 76 anos, se
Deus quiser, com muita alegria e prazer, porque o pouco que eu pude fazer vocês
vão transmitir para outros, e estes para outros também. Estou-me lembrando de
um verso, agora, me parece que é do Carlitos, que diz que as coisas
simplesmente passam e outros vêm e fazem. Então que seja eu este que pode
trazer de um para o outro. Vocês são novos e outros serão novos também e, um
dia, todo mundo receba este meu reconhecimento, que eu acabo de receber, neste
instante, através da Câmara de Vereadores, especialmente aqui da Gladis e do
Ver. Rafael, e todos que estão na Mesa, também colaborando, e a todos vocês não
digo o meu muito obrigado formal, e sim um muito obrigado de todo o coração,
por estarem aqui comigo e que vocês todos sigam, o quanto puderem, a dança,
porque estarei, enquanto puder, com vocês. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE: Antes de encerrar, gostaria
de ler algumas mensagens enviadas ao Professor Rolla, congratulando-se pela
outorga do Título. Poderia ler mais mensagens, mas o Professor as deixou em
Casa, privando-nos, assim, da satisfação de tomar conhecimento do que elas
continham.
(Lê as mensagens de: Sérgio Napi – Diretor da Casa de Cultura Mário
Quintana. Eva Sopher e Equipe do Teatro São Pedro e Diário do Sul.)
Antes ainda de encerrar, vou dar todos os avisos, já que esta é uma
reunião informal, a Diretora do Ballet Stagium estará oferecendo uma palestra
no Sábado, dia 25, às 11:30hs, na Academia Mudança, Tema: Dançar no Brasil, e
como todo o nosso público aqui é de dança, podemos dar esse tipo de aviso,
outro aviso, é que terminada a Sessão, estaremos convidando – não vamos pagar,
cada um paga o seu, vamos deixar isso bem claro –, para um jantar de
confraternização no Porto Velho, aqui, na Andrade Neves, e gostaríamos de que
todos os presentes possam ir ao jantar, até para que a gente possa comemorar, a
meia-noite, o aniversário do Prof. Rolla. Agora, chegou o momento de
encerramos, deixando as brincadeiras de lado, e se reassume um comportamento
mais formal, e é uma pena que eu esteja presidindo os trabalhos, neste momento,
até gostaria de que outro Vereador o fizesse, para um pouco mais de
significado, porque sempre serei facciosa, não adianta, eu que propus
obviamente que serei, mas a presença de vocês, numa noite como esta, num dia
difícil, mostra o carinho que temos pelo Rolla, e toda a exatidão e a certeza
que esta Casa teve em aprovar por unanimidade a entrega do Título ao Rolla.
Acho que ele merecia, e merecia de mais tempo, este título, do meu ponto de
vista, já teria que ter sido oferecido por esta Casa, antes, quando o Rolla
ainda estava em atividade, não que ele as tenha deixado, que fique claro, pois
ele continua com algumas alunas, ele é um incansável trabalhador, e nunca
deixará de fazê-lo. Acho que esta Casa devia isso ao Rolla, e, por sorte,
estamos podendo consertar um débito que esta cidade tinha com o Rolla. Sempre
tenho a oportunidade de dizer, nestes momentos, que esta Casa, que é feita de
homens e mulheres, que ela acerta e que ela erra, e que nós somos cobrados, de
um modo geral, muito mais pelos nossos erros do que pelos nossos acertos. Mas,
nos momentos em que ela acerta, ela acerta muito bem e na medida que,
independente de ter sido eu a propor, mas os meus colegas, meus companheiros de
Instituição concordarem, mostra que, realmente, só faltava a iniciativa, que
alguém assumisse essa iniciativa de prestigiar e de homenagear João Luiz Rolla.
Então, dada esta circunstância, eu me sinto, pessoalmente, gratificada
com a presença de todos vocês, agradeço que vocês tenham vindo aqui homenagear
o nosso Professor em conjunto; agradeço, em especial, às pessoas que fazem
parte da Mesa e dou por encerrado os trabalhos da presente Sessão. Estão
levantados os trabalhos.
Estão encerrados os trabalhos.
(Levanta-se a Sessão às 21h10min.)
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